quinta-feira, novembro 30, 2006 

Ele há coisas d'O Diabo

O dia de hoje, Quinta-feira, 30 de Novembro de 2006, começou como outro qualquer dia da semana. Despertador vespertino, focinho estremunhado a deambular pela casa. Mijadela matinal com as dificuldades próprias de um homem no auge da força. Dois Actimel de pénalti, porque isto das viroses é melhor prevenir que remediar. Café e cigarro. Aparentemente tudo nos conformes. Mas só aparentemente.

Algo não estava bem. Sentia-me diferente, ligeiramente mais tresloucado do que o costume, como se tivesse uma comichão generalizada pelo corpo todo e as mãos presas por fortes correntes. Durante os cinco minutos que durou o SG Gigante passaram-me pela cabeça ideias completamente estapafúrdias a uma velocidade vertiginosa. O cigarro estava "quitado", pensarão vocês. Errado. Esses são os da tarde e sei diferenciá-los muito bem.

Enfim, saio de casa e, como todos os dias, dirijo-me ao quiosque do bairro com o habitual jornal diário no pensamento. Olho para a montra e lá estava ele, em todo o seu esplendor. No entanto o meu olhar foi repentinamente sugado para outra capa, como se de um poderoso magneto se tratasse: D. Duarte de Bragança e o não menos espectacular Alberto João Jardim, Senhor da Madeira, preenchiam a capa de um semanário. Algures, numa fracção de segundo, a razão abandonou-me e senti-me pairar sobre o meu próprio corpo enquanto me observava com espanto. "Mas como é possível?!", pensei, "Irei eu traír o meu querido e habitual jornal diário com aquele pasquim de 5ª categoria?! Oh, Deus, dai-me a força divina para resistir a este impulso de Belzebu". Mas o Sacana não me deu nada. Automaticamente digo para o simpático mamarracho que é a anafada menina do quiosque: "Bom dia. Queria O Diabo, se faz favor". Foi quando tempo, espaço e matéria se reuniram de novo e voltei a mim. Puxo da carteira e, qual não é o meu espanto, quando constato que o único dinheiro que lá havia era a quantia exacta que precisava para comprar O Diabo. Um euro e oitenta, nem mais, nem menos. "Bem, para Senhor das Trevas até é barato", escarneci desvalorizando a coincidência. Paguei, virei-me e, ao atravessar a rua, um camionista desatento e apressado fez o seu veículo passar a cinco centímetro do meu nariz.


Lívido, corri para casa, guardei o jornal numa gaveta e pus-lhe uma Nossa Senhora por cima, liguei ao patrão a dizer que não podia ir trabalhar que estava doente, procurei um rosário e desde as nove da manhã que não o largo. Amanhã vou à missa e já reservei um bilhete de ida e volta ao Vaticano, não vá O Diabo tecê-las.

quarta-feira, novembro 29, 2006 

Apesar de ter posts planeados ainda não passam disso mesmo: planos. Portanto, tomem lá PUBLICIDADE INSTITUCIONAL

sábado, novembro 25, 2006 

Conselhos Sturu

Ora muito bem hoje, pela primeira vez, Os Arquivos Sturu irão dar um bom contributo à sociedade. Os conselhos Sturu visam proporcionar aos leitores d’Os Arquivos Sturu formas de lidarem ou se defenderem de todos os entraves com que a vida nos presenteia, assim aqui temos hoje o primeiro desses concelhos que são pérolas na ajuda vital necessária à sobrevivência do indivíduo. Sem mais demoras aqui fica então o primeiro, e muito provavelmente o único desses concelhos.

Está farto da violência com que somos bombardeados na rua? Farto do medo de ser assaltado ou agredido na rua? Não temas mais, aqui fica o concelho Sturu para resolver essa situação.
Uma boa televisão e um bom sistema de som, passe mais tempo em casa, se possível tranque-se em casa e nunca mais saia para apreciar o mundo, para quê apreciar a natureza se pode ficar em casa, assim ao menos já não será assaltado… pelo menos na rua.
Este concelho foi-lhe apresentado pela PROSEGUR.

sexta-feira, novembro 24, 2006 

Transformista, confessa-te!

Há que se queixe da Ota. Há que se queixe do TGV. Há quem se queixe que o Alqueva não rende e há quem se queixe de outra coisa qualquer que tenha a ver com o ministro das obras públicas, Mário Lino. Normalmente respondo a essas queixas com a seguinte constatação: o que esperavam de um velho careca com nome de sex-symbol feminino dos anos 50?!

 

Será da comida?

Ricardo Quaresma escreveu uma carta à administração do F. C. do Porto, pedindo para não o deixarem sair rumo ao Atlético de Madrid, reagindo assim aos rumores que o davam como futura aquisição dos madrilenos. Das três uma: ou o ciganito, na sua breve passagem por Espanha, granjeou inimigos viscerais; ou a família Quaresma espalhou ódios pela cidade de Madrid durante uma qualquer feira de variedades; ou então a dita carta foi escrita com um revólver apontado à cabeça, cortesia dos famigerados capangas de Pinto da Costa, para mostrar a todos que jogar no F.C.P. é melhor do que jogar em qualquer outro clube, até num que milita na melhor competição de futebol do Mundo. Ora, conhecendo as façanhas da administração à la Santo Ofício de Jorge Nuno Pinto da Costa, é óbvio que aposto na terceira hipótese.

quinta-feira, novembro 23, 2006 

O que os autores deste blog precisam:


Tau tau, mas de qualidade.

terça-feira, novembro 21, 2006 

NÚMERO DEZ


Custou mas foi. Finalmente, o número dez d'A Porta do Cavalo lá foi publicado. Um parto dificl, sem dúvida, muito por culpa minha, mãe de direito, mas também por culpa vossa que não participaram, exceptuando dois louváveis parteiros blogosféricos que mais tarde receberão a merecida Medalha de Louvor. Mas vamos ao que interessa. O Abrupto.

Publicado por um tal de José Pacheco Pereira, o dito blog, é um dos mais visitados da blogosfera, principalmente por quem gosta de estar informado sobre tudo o que se passa em Portugal, e no Mundo, no que concerne a política e sociologia. O quê? O blog não fala disso? Fala pois. Bem, o JPP raramente escreve sobre esse tipo de assuntos, é mais o público e O Público, mas há que ver que o trabalho do homem é discutir sobre essas coisas, logo é normal que na blogosfera deixe esses temas enfadonhos mais livres para serem abordados por leitores e por outros opinadores mais inspirados (e menos sobrecarregados). Isto, claro, faz sentido se o autor em causa for o mesmo Pacheco Pereira que todos conhecemos, da televisão, das revistas e dos jornais. E, sinceramente, acredito que seja. Imaginam outra pessoa que seja capaz de nos brindar com aquelas pérolas de sabedoria que saem da pseudo-rúbrica "Retratos do Trabalho em..."? Oh, que magnificiência ver uma senhora bucolicamente limpando folhas caídas nas margens do Tâmega! Oh, que inspiração sinto cada vez que olho para dois operários no topo de uma grua em Tavira montando-a obstinadamente ao lusco-fusco! Oh, que dizer então da tímida vendedora de castanhas de Óbidos e do seu anafado colega que vende umas coisas quaisquer por dois euros!

(suspiro, enquanto contemplo o infinito com olhos marejados de lágrimas prontas a correr fuças abaixo)

Outra coisa que me faz visitar JPP todos os dias é a poesia. E não são pérolas que vejo naquele blog. São autênticos diamantes. Não fosse Pacheco Pereira nunca conheceria nomes como Anthony Hecht, Stephen Crane ou mesmo Aloysius Bertrand. A bem da verdade, ainda hoje não conheço, mas quando, e se, os voltar a ver digo logo "Ah, esse gajo... Já apareceu no Abrupto... É muito bom".

(nota a mim mesmo: de vez em quando publicar excertos de poemas de gente desconhecida, só para dar a ideia que o pessoal daqui também lê coisas eruditas)

E depois desta desajeitada, superficial, mas sentida, análise fico sem perceber como é que pode haver por aí gente que goza à fartazana com o Abrupto. Não percebo, juro que não percebo. Ainda para mais, todos gozam e escarnecem, mas todos têm o Abrupto na barra de links. Porque será? Ganhem juízo, rapazes e raparigas! Deixem crescer a barba e comam livros de poesia independente ao pequeno almoço e de política contemporânea ao almoço. E depois, ao jantar, façam como o Pacheco: vomitem tudo o que ingeriram e inpinjam a vossa maravilhosa tortilha político-poético-maçadora a quem vos aparecer pela frente e qualquer dia, meus amigos e minhas amigas, qualquer dia o Mundo será um lugar habitável. E aborrecido como o camandro!

domingo, novembro 19, 2006 

A Porta do Cavalo... Amanhã

Para quem costuma estar atento ao que aqui se passa, devem estar a perguntar "mas o que é que este gajo está aqui a fazer? hoje não deveria ser a vez de Quim Meano largar os insultos e impropérios da ordem, naquela forma tão arguta e recheada de classe, como só ele sabe fazer?" Deveria ser ele, sim, no entanto o rapaz enviou-me o seguinte SMS: "Infelizmente não poderei redigir a Porta do Cavalo este Domingo... Estou desde Sexta-feira na Serra da Estrela a levar uma vida de burguês, aninhado em mantas lobeiras". Uma vida cheia de chatices, portanto.

No entanto, por uma questão de ética, e também por vias do décimo aniversário semanal, não me vejo no direito de decidir unilateralmente quem irá entrar pel'A Porta do Cavalo esta semana. Assim sendo, venho por este meio pedir ao punhado de leitores costumeiros que na caixa de comentários deste post sugiram qual será o blog ou artigo afortunado. Não é uma eleição, logo, as sugestões serão processadas por uma Comissão de Avaliação que irá decidir até à meia-noite de hoje qual a sugestão vencedora. Contamos convosco e obrigadinho.



À Segunda, com a participação especial de... Vócezes.

 

Definição d’Os Arquivos Sturu

Recentemente, numa entrevista para um importante órgão de comunicação, eu, Justino Alcaparra, fui confrontado com uma questão muito interessante. Aqui fica então um pequeno extracto dessa interessante entrevista que felizmente não pode ser vista na íntegra em lado nenhum.

-Entrevistadora: Ora então uma última pergunta estupendíssimo Alça. Mas antes permita-me que o reverencie uma vez mais com uma vénia. E agora sim estou pronta para a questão.
Se lhe pedisse para nos definir numa palavra Os Arquivos Sturu, qual seria?
-Justino Alcaparra (o grande, o maravilhoso, o supremo, o eterno rebelde, o sabedor): Não pode ser em duas?
-Entrevistadora: Bem… isso altera um pouco o simbolismo desta questão… mas pode ser.
-Justino Alcaparra (o inteligente, o magno, o génio, o vivaço das ideias, o repassado do juízo): então nesse caso, definindo em duas palavras Os Arquivos Sturo, cá vai.

Não… Sei!

quinta-feira, novembro 16, 2006 

Queimar tempo...

Isto quer dizer uma de duas coisas: ou somos tão originais que não há quem faça nada igual a isto, ou somos tão estúpidos que ninguém quer ver a sua imagem associada à nossa.
Seja como for, são ambas motivo de orgulho.

quarta-feira, novembro 15, 2006 

Isto anda bonito, anda.

Pairou por aí um mistério do caraças porque havia notas de euro que se desfaziam misteriosamente. Ao que parece, essa decomposição devia-se ao facto de, algures no percurso de vida das ditas notas, alguém ter snifado metanfetaminas com elas. Parte do mistério permanece porque não se sabe quem foi o prevaricador, mas deixo aqui uma sugestão: interroguem a Floribella da SIC e a Estrela da TVI. Hoje reparei que uma passa horas a falar com uma árvore, enquanto a outra conversa com um espelho (sim, conversa, tipo pergunta-resposta... há coisas incríveis, não há?). Estas duas devem saber alguma coisa sobre drogas, de certezinha.

E mais uma vez Os Arquivos Sturu provam que estão na vanguarda da defesa dos bons costumes, até porque já inventaram uns tubinhos muito giros de alumínio que dá para snifar uma e outra vez sem termos que andar a pedir dinheiro uns aos outros. Modernizem-se, porra.

domingo, novembro 12, 2006 

Número Nove


Será que a razão tem mesmo clientes? E será que esses clientes, no caso de os haver, estarão contentes com os serviços do dito blog? E se estiverem, será que estão suficientemente contentes para comprarem o tão anúnciado e, acredito que por alguns, esperado livro? Pessoalmente duvido sempre de gente que abre um blog e depois de atingir as 100.000 visitas vá de lançar livros e, quem sabe até, arranjar um emprego decente a escrever para uma publicação de topo. Bem, para começar, nunca lançaria um livro baseado num blog com menos visitas que o número de sócios do Benfica.

Contudo não é o livro que interessa, mas sim o espaço que o rapazinho autodenominado por Humor Negro ocupa no Blogger. E o que é que esse espaço tem? Muita coisa. Especialmente textos conotados com uma espécie de filosofia de ponta, muito em moda agora, um género de Paulo Coelho mas virado do avesso, virado para o escárnio e maldizer de tudo o que lhe vem à cabeça. Mas ultimamente não é o que lhe vem à cabeça que ocupa o blog. Ultimamente o que tem ocupado o blog é o que veio à cabeça de outras pessoas, como George Carlin, Millôr Fernandes, Douglas Adams e Jerry Seinfeld. Ao menos faz a distinção entre citação e produção própria. Ao menos isso. E pelo número crescente destas citações, tudo leva a crer que o blog, mais dia, menos dia muda de nome. Escrevem-se mais umas patacoadas e depois das 100.000 visitas, vá de livro que há quem compre. E depois as ideias somem-se outra vez, vá de citações que também são giras, e depois faz-se novo blog e começa tudo outra vez. Mas isto sou eu que tenho a mania que prevejo o futuro. Mas posso estar enganado. Posso muito bem estar enganado. O rapaz, depois de ver o flop de vendas do livro, pode ser que abra os olhos e, num ímpeto de criatividade extrema reflicta e escreva sobre coisas novas duma forma genial e arrebatadora, um pouco como todos fazemos no ínicio de qualquer coisa: no príncipio é tudo muito bom, mas depois começa a definhar, a definhar e pronto. Acaba.

Mas posso estar enganado. Posso muito bem estar enganado.

sábado, novembro 11, 2006 

Justinice nº 2

Está mais fraco, mas olha…



Vai Justino
Tu tens futuro
Tu vais postar aqui no… Sturu

Vou postar aqui no Sturu
Com muito afinco
Sabem como é o Justino…
Eu cá não brinco

Também tenho direito
A postar neste espaço
Eu não sou um labrego…
Páqui tá escasso

Justino é grande

Se te metes comigo
Só podes ser otário
Não vês que eu até te…
Viro ao contrário

Sou o chefe lá da terra
E eu domino aquilo
Bebo vinho à litrada, e como…
O pão ao quilo

Curto bués de fazer rap
Curto mesmo bués disso
Curto bués deste rap porque…
Este é castiço

Justino é grande

Sou varal ando a monte
Sou como o Zé Clarmonte
Sou como o Quim Meano…
Sou do camano

Sou muito fugidio
Isto não é bazófia
Fugi do presídio…
Fugi à bófia

Agora vou parar
Agora vou bazar
A nha mãe estame a chamar…
Eu vou jantar

Justino é grande

sexta-feira, novembro 10, 2006 

Sport Lisboa e Benfica, o maior clube do Mundo

Mas isso, claro, não implica que seja o melhor. A verdade é que o clube da águia ao peito atingiu a notável marca de 160.000 sócios, destronando assim o colosso Manchester United, que detinha o recorde com 152.000 inscrições. Resta saber se não foi tudo uma operação de marketing e essas 160 mil almas vão mesmo pagar as quotas. Mas o que interessa mesmo é que as consequências da façanha benfiquista não se fizeram esperar: em Inglaterra, Blair diz que estão a ser planeados 30 ataques terroristas; nos Estados Unidos da Amérdica... perdão, América, meia dúzia de bófias espancaram um detido porque juntamente com a identificação encontraram um cartão de sócio do Benfas; no Brasil, um homem armado mantém nove reféns num autocarro e a única exigência que faz é que o presidente do Corithians tenha a mesma iniciativa de Luis Filipe Vieira e eleve o "timão" acima do S.L.B. e, finalmente, em Amarante, um condutor que ouvia a notícia na famigerada rúbrica Bola Branca da Rádio Renascença, desorientou-se, fez inversão de marcha na auto-estrada e espatifou-se contra um transeunte.

É no que dá brincarem a estas coisas de "o meu clube é maior que o teu".

quinta-feira, novembro 09, 2006 

Evolução darwiniana



Efeitos colaterais do uso continuado de Playstation e produtos similares, bem como o envio de centenas de SMS por dia (note-se o polegar direito bem mais desenvolvido que o congénere esquerdo). No entanto o individuo em causa, tirando estas óbvias diferenças, é em tudo semelhante a um ser humano normal, não constituíndo, por isso, nenhuma espécie nova derivada de homo sapiens, pois se assim fosse o Nobel já cá estava.

Foto gentilmente cedida por F.F. (não, não é aquele da televisão)

segunda-feira, novembro 06, 2006 

Porto Renegades - O futebol americano em Portugal

Mais uma coisa que tínhamos de importar. Tínhamos, pois, porque aqueles rapazinhos não se contentam com o râguebi (importado também), nem com as touradas (não foi criação nossa mas mais ninguém tem forcados), portanto tínhamos mesmo de importar aquele desporto. Vestem armaduras e esfregam-se uns nos outros durante uma ou duas horas, soltando gritos de guerra (de preferência em inglês) e distribuíndo nalgadinhas aos colegas de equipa. Cambada de maricas. Ainda por cima usam armaduras e capacetes a ver se não partem o narizito que as plásticas estão caras e as miudas gostam dele assim. Gostava de saber o que pensará Quim Meano sobre o uso de armaduras numa arena... (suspiro) Enfim.
Não me espanta que esta ideia peregrina tenha surgido no Norte. Afinal é lá que está o melhor treinador da modalidade, apesar de não o saber e de há anos andar a desperdiçar o seu talento no futebol "normal". Pois, adivinharam, é o Jaime Pacheco. Mas há dois tipos que por estas horas vivem em Lisboa que também seriam belas aquisições para os Porto Renegades: Katsouranis, o grego, e Armando Teixeira, o Petit. Aquilo é que era aviar neles.

sábado, novembro 04, 2006 

“Nada” em várias linhas

Queria só começar por escrever “nada”, este texto, muito à semelhança dos meus últimos, limita-se a dizer “nada” e assim sendo estou para aqui a escrevinhar ”nada” apenas pelo gozo de postar.Com este post proponho-me mostrar como o “nada” pode por vezes significar “muito” e não apenas “nada”, se a esta altura ainda estiverem a acompanhar o raciocínio (se é que ainda pode ser apelidado disso) então é melhor procurarem ajuda e rápido enquanto isso ainda não é nada. Por exemplo, eu aqui ao tentar falar do “nada” já vos estou a presentear com um post nada pequeno (imaginem no dia em que falar sobre o “tudo”) e isto nem sequer é nada de especial, enfim acho que o que interessa mesmo é que não me saí nada mal uma vez que consegui não ficar nada atrás do meu objectivo, o de falar de “nada” em várias linhas e conseguir dizer “nada” para aí 15 vezes sim porque mesmo que as vão contar aqui está a última, nada mal hein.
P.s.: para os mais desatentos uma das vezes está no título.

sexta-feira, novembro 03, 2006 

Cada vez gosto mais da RTP 2

Um programa sobre sexo a esta hora. Arrojado, sem dúvida. E muito sugestivo.

quarta-feira, novembro 01, 2006 

A carteira de um homem

Carteiras de cabedal toda a gente tem. Uma carteira de cabedal (preto ou castanho, tanto faz) é uma questão de estatuto. Significa que o portador deixou a desbotada carteira das Ninja Turtles com o fecho de velcro já descosido e adoptou uma espaçosa e reluzente carteira de cabedal (mesmo que seja imitação). Significa que o portador deixou de ser um jovem imberbe para ser um adulto confiante em si próprio que já pode beber umas bejecas, falar de futebol e, provavelmente, já viu o corpo (ao vivo) de uma mulher nua (que não a sua mãe). E à medida que esse adulto vai crescendo, a sua carteira vai crescendo também. Mesmo que o dinheiro não abunde, muita gente ainda acha que o melhor local para guardar notas é o bolso da camisa, a outrora pequena carteira torna-se aos poucos num verdadeiro tijolo de quilo e meio. Cartões de crédito desactualizados, dezenas de números de telefone e endereços de e-mail escritos nos mais variados tipos de papel, cartões de vendedores aos quais nunca vão telefonar, autocolantes recebidos em peditórios de associações de reinserção social, calendários de todos os anos desde 1980, boletins de totoloto e euromilhões sem um único número premiado, fotografias da mulher, dos filhos e da namorada do liceu, juntamente com todos os cartões de todas as associações de que o portador faz parte e todos os documentos legais e actualizados, fazem da carteira de um adulto um mistério mais insondável que a mala de uma mulher. Mais misterioso ainda é o facto de conseguirem pôr a carteira no bolso de trás das calças e sentarem-se sem ficarem desnivelados, como quando se está a largar um flato. Ter-se-á a nádega em questão adaptado à forma do enchumaço? Ou a carteira encolhe por artes mágicas quando metida no bolso?

Espantei-me quando entrei no consultório do médico. Estava um individuo, que não parecia ter mais de 16 anos a ler uns papéis, com uma carteira de cabedal para aí com 900 gramas pousada na secretária. "Tão novinho e já com uma carteira daquelas" pensei eu para mim. Nisto, despedindo-se, apertou a mão ao senhor doutor, meteu a carteira na mochila Eastpak de padrão camuflado e saiu. "Ah, mochila... Assim está bem. Digam o que disserem os jovens de hoje são mais maduros e espertos".

Figuras de Estilo

Zé Clarmonte

Génio literário. Rato de tasca. Labrego de bastas patilhas e troca-tintas de primeira apanha. Aprecia mulheres de farto buço e penugem nas pernas. Frase predilecta: "Para ter tão pouca sorte mais vale não ter nenhuma"

Quim Meano

Outro génio literário. Verdadeira ratazana de tasca, de bordel e de praças de toiros. Fanático acérrimo da festa brava, caracteriza-se pelo bafiento charuto, proeminente estômago e constante azedume. Expressão favorita: "Quatela aí, ó mancebo!"

Justino Alcaparra

Não é nenhum génio literário. Aliás, não se lhe conhece talento algum para além de ser capaz de empinar jarros de tinto pela goela abaixo sem pestanejar. Outrora conhecido como "Gaivota", devido a possuir apenas uma enorme e grotesca sobrancelha, define-se pela expressão "E a tua mãe também!"

Mestre, O Yoda

Despedido d'Os Arquivos por justa causa, agora trabalha a recibo verde e tem a complicada função de abrir esta página 12.567 vezes por dia para manter o contador de visitas em alta. Suspeita-se de falta de produtividade.

Não perca aos Domingos:

A Porta do Cavalo

Todos os Domingos entra alguém pel'A Porta do Cavalo, para isso basta ter um blog ou um artigo escrito no blog de alguém. Já falámos mal de nós, deste, daquele e, no próximo Domingo, iremos falar mal do outro. Porque no falar mal é que está o ganho!

Outras Frentes de Batalha

Detractores & Dissidentes

Adeptos do Absurdo

Malta que envia malta que faz cá falta

LIGA-TE JÁ!!

Liga-te a este blog extremamente bem frequentado e ganha automaticamente uma fabulosa ligação traseira!


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