Número Quatro
Ressoem as trompas, rufem os tambores, voem os confettis, larguem os foguetes e as bichas-de-rabiar, porque hoje quem vai entrar pel'A Porta do Cavalo não é nada mais, nada menos, que o ilutre, o inigualável, o incomparável, o único... GATO FEDORENTO!
Tiago Dores, Zé Diogo Quintela, Miguel Góis e Ricardo Araújo Pereira até começaram bem. Nasceram aqui, nesta maravilhosa anarquia que é o .blogspot, e devo confessar-vos que foram os primeiros tempos de Gato Fedorento que me valeram valentes reprimendas da minha patroa por passar 2 horas de trabalho por dia na internet a rir à parva. No entanto, e para meu próprio bem, passaram para a televisão, lançaram DVDs e esgotaram salas de espectáculo. Inundaram o país com as suas sátiras contra os lugares-comuns, com o seu non-sense e, principalmente com Ricardo Araújo Pereira, o incontestável cabeça-de-cartaz do Fedorento. Mas vamos ao que interessa: as razões que levaram um blog com mais de 1 milhão de visitas a entrar pel'A Porta do Cavalo.
A dada altura da vida do Gato, e quando todo o país se rendia ao senhor do atum e do não sei quê, o blog foi praticamente votado ao abandono. O berço do Gato não mais era do que o jornal Ocasião, onde podíamos saber os sketches que iam ser emitidos, quando o iam ser, e as datas dos espectáculos por esse Portugal fora. Tresandava ao vazio da presunção. Os fans de longa data viram-se assim privados da sua heroína, tendo que recorrer muitas vezes aos incipientes derivados, metadonas que nem chegavam a produzir esboços de sorrisos. Uns meses depois, o Gato Fedorento tornou-se funcionário público, e como qualquer bom espécimen dessa classe desceu até à mediocridade em direcção ao esquecimento. Tenta agora, desesperadamente, agarrar-se ao blog que havia abandonado, qual tábua flutuante. Mas o Gato está cansado. A pestilência que o caracterizava desapareceu. O Gato tomou banho. O Gato agora cheira bem. Todos querem ver o Gato, mas na realidade ninguém lhe acha piada nenhuma. Todos visitam o Gato na vã esperança de o ver feder outra vez. Só que agora o Gato é rico e compra desodorizantes e perfumes caros. Agora o Gato é educado e já não solta aqueles cruciantes flatos que eram a sua imagem de marca. Já não fede. E é pena.
Tiago Dores, Zé Diogo Quintela, Miguel Góis e Ricardo Araújo Pereira até começaram bem. Nasceram aqui, nesta maravilhosa anarquia que é o .blogspot, e devo confessar-vos que foram os primeiros tempos de Gato Fedorento que me valeram valentes reprimendas da minha patroa por passar 2 horas de trabalho por dia na internet a rir à parva. No entanto, e para meu próprio bem, passaram para a televisão, lançaram DVDs e esgotaram salas de espectáculo. Inundaram o país com as suas sátiras contra os lugares-comuns, com o seu non-sense e, principalmente com Ricardo Araújo Pereira, o incontestável cabeça-de-cartaz do Fedorento. Mas vamos ao que interessa: as razões que levaram um blog com mais de 1 milhão de visitas a entrar pel'A Porta do Cavalo.
A dada altura da vida do Gato, e quando todo o país se rendia ao senhor do atum e do não sei quê, o blog foi praticamente votado ao abandono. O berço do Gato não mais era do que o jornal Ocasião, onde podíamos saber os sketches que iam ser emitidos, quando o iam ser, e as datas dos espectáculos por esse Portugal fora. Tresandava ao vazio da presunção. Os fans de longa data viram-se assim privados da sua heroína, tendo que recorrer muitas vezes aos incipientes derivados, metadonas que nem chegavam a produzir esboços de sorrisos. Uns meses depois, o Gato Fedorento tornou-se funcionário público, e como qualquer bom espécimen dessa classe desceu até à mediocridade em direcção ao esquecimento. Tenta agora, desesperadamente, agarrar-se ao blog que havia abandonado, qual tábua flutuante. Mas o Gato está cansado. A pestilência que o caracterizava desapareceu. O Gato tomou banho. O Gato agora cheira bem. Todos querem ver o Gato, mas na realidade ninguém lhe acha piada nenhuma. Todos visitam o Gato na vã esperança de o ver feder outra vez. Só que agora o Gato é rico e compra desodorizantes e perfumes caros. Agora o Gato é educado e já não solta aqueles cruciantes flatos que eram a sua imagem de marca. Já não fede. E é pena.