Número Sete
Primeiro, queria deixar uma nota de relativa relevância para quem lê assiduamente esta rúbrica, ou para quem já foi alvo dela. O Melancómico, blog que orgulhosamente entrou pel'A Porta do Cavalo Número Três, acabou. Facto que, aparentemente, não tem nada a ver connosco, mas ainda assim o seu autor "perdeu a pica" e portanto "fecha a merceearia". Tudo bem. Podíamos dizer que lamentamos o sucedido, mas não dizemos. Aqui, aos Domingos, a única coisa que lamentamos é a existência dos blogs que vamos estraçalhando, mutilando e, acima de tudo, provocando.
Hoje, A Porta do Cavalo será ligeiramente diferente do habitual. Hoje, em vez de termos aqui um blog actualizado, ou seja, "vivo", vamos ter um apanhado de alguns blogs que graciosamente fecharam as portas. Hoje, vamos ter blogs que ao terminarem trouxeram alegria e júbilo a algumas casas (pelo menos a esta). Hoje, pela primeira vez, vamos fazer algo extremamente cobarde. Hoje vamos fazer algo vergonhoso. Hoje vamos bater que se farta nos ceguinhos.
Hoje, A Porta do Cavalo será ligeiramente diferente do habitual. Hoje, em vez de termos aqui um blog actualizado, ou seja, "vivo", vamos ter um apanhado de alguns blogs que graciosamente fecharam as portas. Hoje, vamos ter blogs que ao terminarem trouxeram alegria e júbilo a algumas casas (pelo menos a esta). Hoje, pela primeira vez, vamos fazer algo extremamente cobarde. Hoje vamos fazer algo vergonhoso. Hoje vamos bater que se farta nos ceguinhos.
- Zona Franca. Não pude deixar de sentir algum alívio quando soube que o Zona Franca tinha acabado. Sobre este, podia ficar aqui horas a discorrer sobre falta de imaginação do seu autor, sobre o modo amaricado como tratava a maior parte dos assuntos, sobre a estupidez inerente ao acto de usar um boneco de um gelado como mascote e sobre a falta de conteúdo visual do blog, mas não vou falar sobre nada disso. Para perceberem melhor o que quero dizer basta abrir o link e deliciarem-se com a imagem do último post. Bonito, não é?!
- O Meu Pipi. Felizmente, Os Arquivos Sturu ainda nem sequer eram um projecto quando o Pipi abandonou a blogosfera. Não poderia viver comigo mesmo se partilhasse algo em comum com aquele blog e aquele autor. Desde copular com a vizinha ninfomaníaca, a sodomizar velhas virgens, aquele gajo fornicou com tudo, vivo ou morto, animal ou humano, mas sempre mantendo o altivo olhar de um macho latino, representado sob a forma de palavrões e mil modos terra-a-terra de tratar os orgãos sexuais. Segundo ele, trata o sexo por tu... Pronto, está bem. Ele lá sabe. Depois, o Pipi ficou esperto, escreveu um livro, vendeu-o a milhares de energúmenos e desapareceu da blogsofera. Ainda bem. Abençoado livro.
- A Mão Invisível. Mais um adeus desejado por muitos. Desejado principalmente por pessoas do lado esquerdo da esfera política. Fascizóides, anti-democráticos (embora jurassem a pés juntos o contrário), pseudo-intelectuais reaccionários e cabrões foram uns dos muitos adjectivos que me vinham à cabeça cada vez que abria o blog. E, apesar de contar com 26 (!) colaboradores, todos muito bem letrados, cultos e inteligentes, e ter um design todo janota, a mãozinha foi-se abaixo. O porquê não se sabe, mas como dizia o outro "insondáveis são os mistérios do Senhor", só temos que dar graças e pronto. Adeus Mão Invisível
- The Galarzas. Lembro-me que comecei a frequentar o blog porque os tipos escreviam na Focus e até tinham piada. Pouco tempo depois o blog começou a cheirar a aforismos de algibeira, a piadas tão eruditas que pareciam private jokes, a frases sem sentido aparente e a pretensiosismo às carradas. Um deles tinha uma fixação tão parva que todas as semanas postava um fotografia diferente de uma pivô de um noticiário francês. No meio disto, tinham, e ainda lá está para a quem quiser ver, a maior barra de links de que há memória... Dá a ideia de que linkavam tudo o que lhes mandasse um e-mail, ou que parecesse culto. Pergunto-me se alguma vez alguém consultou aqueles links todos. Mas o pormenor mais giro é aquele rectângulozinho que diz que alguns dos rights estão reserved. Duvido que alguém queira alguma coisa daquele enorme conjunto de esterco, mas gostos são gostos e não estamos aqui para ferir susceptibilidades. Não, por acaso até estamos